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Mostrando postagens de janeiro, 2020

as portas

queria te falar sobre as portas da cidade. é, portas de estabelecimentos, lojas, vendinhas, fruteiras. de casas. portões de terrenos baldios. cemitérios, construções. queria contar sobre essa imensa possibilidade de atravessá-los mas não o fazer, um porque estão com trancas e ainda não sei abrí-las, outra porque nada mais seriam do que portas e portões abertos. assim, como os vejo, se apresentam como imensos portais absolutos pra toda e qualquer coisa. numa imensidão de chances que me levam a imersões fantásticas, a porta vermelha provavelmente se abra num mar agitadíssimo me engolindo com suas ondas imensas e furiosas. aquela de vidraças faltando que foram substituídas por madeiras verdes, certamente me deixaria em alguma biblioteca antiga, empoeirada com teias pó aranhas ratos e passados maravilhosos. sei lá, antes de querer te falar sobre as portas da cidade, sentei aqui fora com uma taça de vinho e fumei um cigarro. as frases chegavam como pequenas portinhas imaginárias